Em defesa gratuita de uma mulher valente


Não sou nenhum cientista político, muito menos personalidade famosa e reconhecida nos meios de telecomunicação do Brasil. Sou apenas um dos bilhões de brasileiros anônimos que nos últimos dias têm recebido uma chuva de e-mails e mensagens que denigrem a imagem da candidata do PT Dilma Rouseff. Acusações das mais diversas formas, vinda dos mais insólitos lugares e que na insensatez dos excessos consideram o brasileiro como um pequeno “jumentinho de presépio”.
São tantas acusações que não pude deixar que passassem em branco, ou mesmo que meu posicionamento enquanto anônimo e cidadão consciente que sou, não fosse divulgado em meu blog e nos outros meios de comunicação aos quais tenho acesso. Pois, nesse sentido, falar a verdade é uma necessidade de consciência coletiva e não de vontades pessoais.
O que vejo acontecer com Dilma, reflete a política marasmática que ainda insiste em reinar em nosso país. Política está que não se centra na defesa de propostas, mas no ataque pessoal, na derruição da personalidade e de seus valores.
O que Serra e seus orientadores têm feito? Exatamente isso que já disse anteriormente: derruir a imagem de Dilma, não considerando seus projetos e anseios, mas usando de sua trajetória e de um discurso turvo para tolher seu crescimento. Não se avalia e muito menos se confrontam os planos de melhora, mas se arquitetam situações de “guerra”.
A campanha, que tudo indicava ser eliminada no primeiro turno, se estendeu ao que chamo de segundo “round”. E não pensem que o que levou a isso foi o crescimento de Marina, o que proporcionou este momento foram os inúmeros ataques do tucano que colocaram em cheque a integridade e capacidade de Dilma em governar o Brasil.
Currículo??? Ele bate e rebate nessa tecla o tempo todo, oferecendo ao país toda sua experiência política, mas será que isso basta? Não! Se bastasse, Fernando Henrique, o sociólogo, teria sido o melhor presidente, com grande índice de aprovação entre a população, e êxito em seu governo o que não aconteceu.
Constantes situações tem feito com que Dilma seja atacada. O discurso de Dilma tem sido ameaçado não pelo que ela diz, mas pelo que outros afirmam terem ouvido ela dizer. A palavra é o maior poder que um homem possui, por isso, nenhum homem pode ser avaliado pelo que poderia ter dito, mas pelo que de fato disse. “Matar criancinhas” é absurdo de mais para ser dito e mesmo em face de um momento tão baixo em que se busca desesperadamente ganhar alguma porcentagem, usar tal artifício chega a ser idiota ao extremo para convencer alguém.
Vivemos em um país em que a opinião pública é muito valorizada, em que a liberdade de expressão é uma arma pública. Essa semana me senti totalmente incomodado ao ver um sacerdote, usar do altar, espaço santo e que a priori é para a exaltação de DEUS e de seu amor incondicional por todos, para denegrir a imagem do PT e de sua candidata Dilma. A liberdade de expressão existe para todos, mas os excessos cometidos e agressividade daquele homem, mas parece ter sido insanidade humana do que inspiração divina. Será que DEUS usaria tal discurso para referir-se a uma de suas filhas?
É injusta, suja e inadmissível a campanha de agressões que está acontecendo contra Dilma. É nojento ouvir em rede pública o candidato tucano usar da oratória do sentimentalismo para fortalecer uma luta que ele não tem tido peito político para ganhar.
E o pior de tudo é usar a imagem de DEUS, ícone que é para unir e propagar o amor entre os homens como elemento de ironia. Na campanha eleitoral na TV, após deferir vários momentos de agressão verbal à candidata Dilma Roussef, uma personagem encerra seu texto dizendo “fica com DEUS”, que triste, sórdido e agressivo a figura de DEUS.
Me orgulho muito de fazer parte de uma frente voluntária, sem fins políticos ou lucrativos que defende a integridade de Dilma, que acredita em seu potencial e que não usa de artifícios da religião para sensibilizar a maioria da sociedade. Me orgulho de poder ver na força dessa mulher a continuidade da mudança para o meu país. Quero fazer parte como protagonista e não como coadjuvante de um processo que entrará para os arautos da história do Brasil quer tucanos queiram ou não.

2 Response to "Em defesa gratuita de uma mulher valente"

  1. marcos says:
    29 de outubro de 2010 às 10:08

    parabens pelo texto , perfeito e ja aproveitando obrigado pelo incentivo , vou indo com minha humildade e tentando aprender a viver http://somostodosiguaisperantedeus.blogspot.com 

  2. Unknown says:
    29 de outubro de 2010 às 13:35

    Que texto lindo.. Parabéns pela sua forma magnifica de se expressar.. Sucesso