Exausto. Não é noite nem dia.
Não é julho, ou dezembro.
É Setembro.
Meio perdido e reflexivo (meio),
Acabei decidindo que cansei de fazer a diferença, nisso que já é uma causa perdida
E só outros ‘eus’ não quiseram ouvir.
Estendam suas bandeiras,
Aposentem os seus gizes.
Desfaçam suas bolsas.
Guardem a beca honrosa,
Esqueçam Sausurre, Baudelaire e Noel Rosa.
Guardem tudo com carinho e saudade.
Perdemos.
Perdemos para crianças indefesas, de pais duros e indoutos,
Frutos de outra falência,
De outra bandeira estendida.
Perdemos quando nos vendemos ao governo,
Quando aceitamos nossas trinta moedas de ouro
Quando fizemos o que devia ser feito.
Perdemos para crianças, cheias de teorias, artimanhas e perguntas.
Perdemos quando nos bancos da Academia pensamos ser mudança
Mas nas mesas das escolas descobrimos ser tudo, menos uma nova esperança.
Fomos perdendo em cada diário preenchido,
Em cada nota rasurada
Em cada grito oculto, dirimido e manchado.
Fomos perdendo,
Mas lutando.
Como um Celta incansável, humano.
Lutamos de todas as formas, gizes, livros, tablets e internet,
Mas perdemos.
Me vejo vencido. De lápis na mão
Moral no chão
Autoestima (meio).
Lá no fundo um sem luz, mostra-se brilhante.
E cá
Dentro de mim, começa a brilhar uma nova esperança,
Para uma nova Guerra que travo todos os dias.
30 de setembro de 2013 às 12:43
Lindo demais!!!
30 de setembro de 2013 às 12:50
Me identifiquei.
30 de setembro de 2013 às 13:03
Lindo, Zé!
30 de setembro de 2013 às 14:01
Belo e reflexivo texto que nos faz pensar sobre os desvarios da sociedade brasileira, sem rumo, sem luz, sem esperanças, como se tivessem roubado a voz, a vez e o grito.
EXCELENTE texto José Humberto.
30 de setembro de 2013 às 14:20
Cara, amei !